domingo, 31 de julho de 2011

Início de semestre

Toca o sinal da saída. Enquanto todos percorrem o caminho para o portão da escola você vê os alunos felizes por mais um dia que se passou.
Este é o último sinal... Final de semestre...
Último dia de aula, tudo preparado para começar as férias.
Um pequeno thriller em sua cabeça rolando. Quase todos os meses passados em poucos segundos mostrando todos que estiveram sob sua guarda.
Parece coincidência... o "filme" mostra exatamente o que deveria mostrar: aulas interessantes, alunos atentos, avaliação enriquecedora, Você!!! O "filme" mostra Você! De repente um branco, uma sensação de vazio. Afinal, o que antecerá amanhã? Qual é a sensação de ouvir esse último sinal?
Ter a sensação de trabalho bem cumprido é privilégio de poucos. Apenas dos que se doam. Não dos que se doam integralmente esquecendo de si mesmos, de sua família e de sua vida fora dos portões do colégio. Quem se doa de verdade sabe o que estou querendo dizer. Aquele tempo que parece tão curto na verdade é tão importante e tão enriquecedor quando se doa! Trabalho bem feito, semente plantada, mesmo que seja colhida só no futuro...Talvez num futuro nem tão distante assim.
Quem se doa faz com vontade e alegria!
...O thriller acaba... Sorriso estampado...

Bate o sinal! Começa tudo outra vez! Vamos fazer diferente, fazer o melhor! Se doar, se dar de verdade, inovar...
Lecionar é como se apaixonar de novo ter um "novo amor" a cada ano, renovar os ares, fazer flutuar, deixar se envolver...
O que parece difícil de acreditar pode acontecer! Nada é tão difícil quando o coração está leve e com leveza deixa acontecer! O encanto aparece e fazer com que os olhares brilhantes se encontrem para o aprendizado florescer!
Você já se deixou encantar pelo dia de hoje!?
Boas-vindas ao próximo semestre...

Carinhosamente, Vânia Abrantes

terça-feira, 24 de maio de 2011

Educação para a vida

Dia desses, precisei explicar para minha filha de 11 anos o porquê do meu gosto em chupar laranjas pequenas, as menores. Enquanto as pessoas no supermercado escolhem sempre as grandes, eu sempre escolho as pequeninas as que ninguém quer, pois para mim elas têm um sabor diferente, são mais deliciosas. Eu sempre chupo laranja depois do jantar. Como chego tarde em casa, minha filha às vezes me acompanha nesse ritual.

O fato é que quando eu era criança meu pai sempre sentava do meu lado, descascava as laranjas com todo o cuidado para não ferir o gomo e, em seguida, dava uma para mim e uma para cada um dos meus irmãos, todos mais jovens que eu. Era um momento de contar histórias, de risadas e de partilha. Nós adorávamos, as laranjas eram tão doces e saborosas que chupávamos muitas. Papai, pacientemente, descascava-as para nós, às vezes ele precisava se ausentar e sempre as deixava descascadas e cortadas, tamanho era o cuidado para que não nos cortássemos, afinal éramos todos crianças. Meu pai é agricultor e, na época, há uns 35 anos, ele cultivava laranjas. Ele vendia em grande quantidade. Como as pequenas não tinham saída, ele reservava-as para nós. Fiquei emocionada quando relatei o fato à minha filha.

Assistindo a uma aula sobre Metodologia do Ensino Superior, o professor indagou a turma sobre qual a diferença entre ser professor e ser educador. Retornei à minha infância ao lembrar das laranjas...

Bem, ser educador é ser inesquecível, é fazer a diferença, é fazer com que o conteúdo transmitido ao aluno tenha significado, é não só transmitir e repassar conhecimentos, mas levar em consideração o cotidiano e a bagagem cultural do aluno. Ser educador é marcar positivamente o aluno para sempre, é educar com amor, com valores, respeito, é ensinar com postura ética. Ser educador é ir além do conteúdo e do conhecimento técnico, é ensinar bem, planejar suas aulas, utilizar diferentes estratégias na apresentação dos conteúdos, aliando também diferentes e coerentes avaliações. O verdadeiro educador permite o diálogo, a troca, a aproximação com o educando.

Ser educador é ensinar aliando a teoria à prática, trabalhar o conteúdo de forma contextualizada, facilitando o entendimento dos alunos. É aquele que ensina a autonomia, o desenvolver das potencialidades, inerentes às individualidades de cada aprendiz.

O verdadeiro educador é aquele que conduz o aprendiz nos caminhos do conhecimento, levando-o a aprender a conhecer, isto é a adquirir os instrumentos de compreensão, do seu meio, da sua realidade e de seu mundo, no qual o aprendiz possa aprender a fazer para poder agir sobre o meio em que vive, que ele possa aprender a viver junto com os outros, a fim de participar, interagir com os seus, em todas as atividades humanas, e nessa condição aprender a ser, com o objetivo de se formar o homem em sua totalidade.

O verdadeiro educador atualiza-se permanentemente, conhece e utiliza de forma eficaz as novas tecnologias, proporcionando ao educando uma melhor compreensão do seu papel enquanto cidadão crítico.

Mas, afinal, qual a relação das laranjas do início do texto com o ser educador? Bem, meu pai, no seu fazer inconsciente, com carinho e dedicação, deixou impresso em mim algo que poderia ter passado despercebido, o amor pelo que se faz, o exemplo de ser humano.

O verdadeiro educador deve ser um referencial de vida para os seus educandos, assim como o meu pai foi e é para mim.

Texto de Elizabeth Magno, professora e coordenadora pedagógica em Macapá, enviado ao Jornal Virtual. E-mail:profelizabetmagno@gmail.com
(Colaboração Claudia D.)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Espaço do Professor- Tem uns truta aí, meu!

Neste blog, o espaço também é seu, professor!
Seguimos com um texto muito interessante enviado por Claudia Deweese.
Obrigada professora Claudia!!!! Continue fazendo deste espaço o seu também!
Boa leitura!


Tem uns truta aí, meu!

Há alguns anos, um holandês me pediu aulas de Língua Portuguesa. Aceitei o desafio mesmo sabendo que teríamos problemas, pois o português dele era precário e o meu inglês era do tipo “nóis vai, nóis fumo”. Em meio a livros, dicionários, gestos e risos, o estrangeiro Walter me revelou que durante as viagens que fez pelo Brasil notou que, não importava a distância, todos falavam português. Para ele, isso era no mínimo surpreendente, uma vez que em seu país a distância de 300 km era suficiente para impedir a comunicação entre os habitantes das regiões devido aos diversos dialetos existentes. Mas não demorou muito para que ele percebesse que havia diferenças entre a língua que norteava nossas aulas e aquela que ouvia nas ruas. Tive, naquela circunstância, de lhe apresentar duas variantes da língua portuguesa: a dos livros – “Você está bem?”, e a das ruas – “Cê tá bom?”

Que crueldade! Mas ele não está só. Eu também me vejo na obrigação de ser poliglota da minha própria língua. Por diversas vezes, vejo nas redações de meus alunos outro código que custo a decifrar. É um tal de “tbm, naum, vc, pq, aew, eh mt", que dificultam a minha leitura. Em outras ocasiões, é na oralidade que tenho a impressão de ser um E.T. em terras estranhas. Ouço “tem uns trutas aí, meu”, “mó legal”, “vamos colar em algum lugar?”.

Essas várias línguas são faladas por grupos distintos: a língua das ruas do bairro tal ou da cidade tal, da profissão tal, do grupo dos skatistas, do grupo que não frequentou escola, o de pessoas mais velhas, dos que usam MSN etc. A impressão que se tem é que, com o passar do tempo, ninguém mais vai se entender!... Será mesmo?

Duas das muitas funções da escola são respeitar as várias línguas que o aluno traz em sua bagagem e ensinar outras, entre elas a língua portuguesa padrão. Embora com certa dificuldade, é ela que nos permite decifrar as outras. Viva e em constante mudança, ela nos dá a possibilidade de comunicação entre o povo daqui e o dali, entre pessoas de uma tribo e de outra, entre pessoas de gerações diferentes.

Uma terceira função da escola é ensinar os discentes a usar a língua padrão como exercício da cidadania. O que significa adequá-la às diversas situações de fala. Afinal, ninguém deve dizer em uma entrevista de emprego “tem uns truta aí, mano!”, ou “mó legal, esse troço”.

Ainda bem que existe a língua padrão e aqueles que a ensinam como e quando usá-la. Já imaginou a dificuldade que o Walter teria em aprender nossa língua se não tivesse uma língua mater que o orientasse?

Texto da professora Grace de Castro Gonçalves enviado ao Jornal Virtual.
E-mail: gracegonçalves2004@yahoo.com.br
Blog: http://didaticapro.blogspot.com/

Se você tem outras sugestões ou quer publicar seus próprios artigos é só enviar para o blog!
Entre em contato e deixe seus comentários!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Burocracia

Todas nós, no início da carreira, sonhamos com uma sala de aula, alunos com desafios para ajudarmos, buscarmos soluções novas, aprendermos um pouco mais a cada dia...

Tudo isso faz parte do nosso dia a dia, e é o que mantém acesa a nossa chama pra ensinar.

Só que tem uma coisinha à toa que nos tira a inspiração, que nos traz à terra no que ela tem de mais complicado: a burocracia! Papéis a preencher, fichas a assinar, documentos pra ler e escrever, protocolos pra arquivar...

Não tem dias em que seu sonho é apenas ser professora? Pois é... O meu também... A cada dia, as cobranças aumentam, assim como nossa função: professora, psicóloga, mãe, cobradora, secretária, psiquiatra, médica, enfermeira... Ufa!

Acho que a burocracia alcançou todas as profissões e não temos como fugir dela. Meu conselho? Preencha a papelada o mais depressa que puder, tal como tomar um remédio amargo.

Depois, hora de se dedicar ao ser mais importante e que precisa de você: seu aluno!

Pense no que realmente vale a pena e te mantém nessa profissão: formar cidadãos que possam mudar a triste realidade que encontramos hoje. O futuro é agora, e está com você, professor!

Carinhosamente,
Professora Célia Alves Cardoso

domingo, 17 de abril de 2011

Recarregando as energias!

APRENDENDO COM O MELHOR PROFESSOR DA HUMANIDADE:

Época de provas: Corrigir, vistar cadernos, fechar notas, revisar os conteúdos, se preocupar, não dormir... Sim, esta é a rotina das Professoras Fundamentais!

O que não podemos fazer é esquecermos da nossa saúde e da saúde de quem está à nossa volta. Ninguém precisa passar por isso junto com você, não é mesmo? E ninguém merece ter uma pessoa estressada, acelerada e maluca, que só fala em provas, alunos, problemas...

Estamos chegando perto do período da Páscoa, que muita gente associa aos ovos de chocolate. Não me entendam mal, sou chocólatra assumidíssima, mas tem uma mensagem muito mais importante nessa data.
Jesus foi o melhor Professor que a humanidade já teve, então vamos aprender algumas lições com O Mestre?

1- Não se preocupe com o que não aconteceu ou, talvez, nem irá acontecer: "A cada dia, suas próprias aflições, disse o nosso Mestre"...

2- Tenha sempre um momento para compartilhar com alguém que precisa: Jesus sempre interrompia o que estava fazendo para ouvir alguém, para tocá-lo, para olhá-lo com carinho. Imite o olhar do Mestre!

3- Perdoe: Sempre terá alguém que te magoará em seus percursos. O importante é que você também não é invencível e também precisará de perdão eventualmente. Perdoe e será perdoado. Além disso, a mágoa não te fará crescer como ser humano e muito menos como professor. "Eles não sabem o que fazem!, perdoou o Mestre".

4- Aceite o inevitável: Tem coisas contra as quais não podemos lutar. Aceite o que a vida te oferece, pois sempre há uma explicação. Agora você sofre, mas alguma lição você aprenderá sobre isso, que te ajudará a passar por outros obstáculos mais à frente. O bom atleta sabe que é preciso tonificar os músculos nas dificuldades. "Que não seja feita a minha vontade, mas a Tua! - assim disse o Mestre".

5- Busque o melhor: Se você pode se esforçar um pouco mais pelo seu semelhante, faça isso! Não porque irá receber mais salário ou porque ficará famoso no colégio em que trabalha. Ser bom atrai bondade à sua volta. Experimente! Gentil como o Mestre sempre!

6- Veja em cada criança o Sorriso de Deus: As crianças que estão com você este ano, estão lá por algum motivo. É para você aprender algo também, além de ensinar algo a elas. Que seus ensinamentos mais importantes sejam sempre pelo exemplo! Faça seguidores, para ser seguido, assim como o Mestre!

7- Seja flexível: Sim, você planejou a aula inteirinha, maravilhosa, com objetivos específicos... Mas, de repente, alguém levanta a mão e fala algo que desperta a curiosidade de todos. Peraí, isso não estava em meus planos! Tudo bem, professor, vamos alimentar essas mentes curiosas primeiro. Não mude de assunto, vamos fugir um pouco do seu plano e caminhar nessa outra estrada. Sempre estaremos andando em frente de qualquer modo, não é? Siga os planos do Mestre, não os seus!

8- Seja ético: Não fale mal do seu colega, não critique o trabalho dos anos anteriores. O problema agora é seu. Resolva a situação da melhor maneira possível, com as ferramentas que tem agora. Você não mudará o passado com sua conversa antiética. O futuro está em suas mãos e o que você fará dele? Seja correto como o Mestre!

9- Busque ajuda: Ser professor não é se fechar em seu mundinho da sala de aula e se sentir solitário. Troque ideias, peça ajuda... É muito mais fácil encontrar a solução para o problema quando não estamos mergulhados nele. Tenha a humildade do Mestre!

10- Lapide suas palavras: Sempre que suas palavras não forem melhor do que o silêncio, evite pronunciá-las. Acalme-se, busque as palavras certas para o momento, não reaja no calor. Que seu silêncio seja mais eloquente do que palavras que possam ferir alguém. Seja delicado ao falar e ao calar, tal como o nosso Mestre.

Boa Páscoa! Que esses dias possam lhe trazer a reflexão necessária para que mudanças positivas aconteçam em sua vida como professora fundamental! Boa sorte nessa missão!

Professora Célia Alves Cardoso

sábado, 16 de abril de 2011

Um bom professor

O que é ser um bom professor:


Muita gente se engana ao ver um professor que brilha... Aquele professor que fala bonito, que fala coisas que não entendemos, usa um vocabulário sofisticado, repleto de palavras difíceis... Será que esse brilhante professor é um bom professor?

Às vezes, vemos um professor que parece ser meio apagado, que fala a linguagem do aluno, que inventa músicas ou brincadeiras pra ensinar, que perde tantas noites de sono pensando onde pode melhorar que está até com olheiras... Coitado... Cadê a sua luz?

Mas o bom professor é aquele que deixa a luz do aluno brilhar mais. Deixa-se ser desnecessário, aceita passar para segundo plano para fazer o aluno descobrir as maravilhas do aprender e mostrar seu brilho.

Um bom professor não é uma pessoa orgulhosa ou arrogante. O bom professor se questiona, nunca se acha perfeito, sempre acha defeitos que pode melhorar.

Por onde andam os bons professores? Para achá-los, olhe direto para seus olhos. Ali, você encontrará um brilho e um vislumbre de bondade num sorriso cansado. Talvez ele esteja com olheiras, talvez seus olhos tenham lágrimas. O bom professor sofre. E é necessário que sofra, pois é assim que ele é lapidado pela vida.

O bom professor estará cansado, talvez tão cansado que não consiga mais ver o quanto a sua luz mostra que há esperança de um mundo melhor.

Vamos fazer nossa parte: Fale para esse bom professor o quanto ele é especial e o quanto ele faz diferença neste mundo. Pode ser que ele nunca tenha ouvido isso na vida, porque as pessoas se esquecem dos atos de bondade e preferem ver o pior de nós.

Valorize os professores que estão ao seu redor. Mostre-lhe que todo seu esforço está sendo visto. Talvez você pense que só a sua atitude não mudará toda uma sociedade, mas alguém tem que começar esse movimento.

Estou fazendo a minha parte... E você? Vamos lá?

Professora Célia Alves Cardoso

domingo, 14 de novembro de 2010

Projeto na revista - dia da Consciência Negra

20/11- Dia da Consciência Negra. Não deixe esta data passar em branco, realizando este Projeto que saiu no Guia Prático para professores de Ensino Fundamental I, idealizado por nossa querida Célia Alves. Será uma excelente oportunidade para refletir com seus alunos.